Dissidências crianceiras: involução criadora em sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/eccos.n53.16566

Palavras-chave:

Crianças, Dissidências, Educação, Escritas-leituras, Performatividades de gêneros.

Resumo

Este texto traz fragmentos de movimentos de pesquisa em educação. Os movimentos são marcados por leituras e escrituras agitadoras de ideias. A pesquisa abraça a filosofia da diferença e o pensamento de Deleuze, Butler e Corazza entre possíveis planos de composição na angústia de problematizar as performatividades de gêneros que constitui vidas, em especial o falogocentrismo. Para tanto, realizou -se experimentações investigativas com crianças que frequentam o ensino fundamental. As experimentações são experiências não-preexistentes, inventadas no acontecimento do cotidiano escolar. Saímos da história para entrar na vida, a vida enquanto afirmação e vontade de potência que reverbera sistemas binários de dominação. Assim, encontramos dissidências crianceiras quanto aos atos de performatividades de gêneros por meio de oficinas de escrileituras que resultaram em escritas-leituras críticas e criadoras de novos modos de pensar, ver e sentir a vida e a Educação.     

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Biografia do Autor

Edilma de Souza, Universidade Federal de Mato Grosso

Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso.

Silas Borges Monteiro, Universidade Federal de Mato Grosso

Professor associado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP).

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Publicado

28.07.2020

Como Citar

SOUZA, Edilma de; MONTEIRO, Silas Borges. Dissidências crianceiras: involução criadora em sala de aula. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 53, p. e16566, 2020. DOI: 10.5585/eccos.n53.16566. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/16566. Acesso em: 26 abr. 2024.