Dissidências crianceiras: involução criadora em sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/eccos.n53.16566

Palavras-chave:

Crianças, Dissidências, Educação, Escritas-leituras, Performatividades de gêneros.

Resumo

Este texto traz fragmentos de movimentos de pesquisa em educação. Os movimentos são marcados por leituras e escrituras agitadoras de ideias. A pesquisa abraça a filosofia da diferença e o pensamento de Deleuze, Butler e Corazza entre possíveis planos de composição na angústia de problematizar as performatividades de gêneros que constitui vidas, em especial o falogocentrismo. Para tanto, realizou -se experimentações investigativas com crianças que frequentam o ensino fundamental. As experimentações são experiências não-preexistentes, inventadas no acontecimento do cotidiano escolar. Saímos da história para entrar na vida, a vida enquanto afirmação e vontade de potência que reverbera sistemas binários de dominação. Assim, encontramos dissidências crianceiras quanto aos atos de performatividades de gêneros por meio de oficinas de escrileituras que resultaram em escritas-leituras críticas e criadoras de novos modos de pensar, ver e sentir a vida e a Educação.     

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Edilma de Souza, Universidade Federal de Mato Grosso

Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso.

Silas Borges Monteiro, Universidade Federal de Mato Grosso

Professor associado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP).

Referências

ALVES. N. Praticantepensante de cotidianos. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

BARROS, M. de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.

BUTLER, J. Bodies that matter: on the discursive limits of 'sex'. New York, Routledge, 1993.

BUTLER, J. Excitable speech: a politics of the performative. New York, Routledge, 1997.

BUTLER, J. Como os corpos se tornam matéria: entrevista concedida à Bauke Prins e Irene Costera Meijer. Revista Estudos Feministas, v. 10, n.1, p.155 - 167, 2002.

BUTLER, J. Notes toward a performative theory of assembly. Cambridge: Harvard University Press, 2015.

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

CORAZZA, S.M. O que se transcria em educação. Porto Alegre: UFRGS, 2013.

CORAZZA, S. M.; RODRIGUES, C. R.; HEUSER, E.M.D.; MONTEIRO, S.B. Didática da tradução: transcriações do currículo no projeto Escrileituras. Revista de Educação Pública, Cuiabá, v. 24, n. 56, p. 317-331, 2015.

DELEUZE, G. Lógica do Sentido. Tradução de Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo: Perspectiva, Ed. da Universidade de São Paulo, 1974.

DELEUZE, G. A ilha deserta e outros textos: Textos e entrevistas (1953-1974). Tradução de Luiz B. L. Orlandi. São Paulo: Iluminuras, 2006.

DELEUZE, Gilles. Conversações (1972-1990). Tradução de Peter Pál Pelbart. 3.ed. São Paulo: Ed. 34, 2013.

DELEUZE, G; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, v.1, 1995.

DELEUZE, G; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol 5. São Paulo: Ed. 34, 1997.

DELEUZE, G. GUATTARI, F. O que é a filosofia? Tradução Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Ed 34, 2010.

DERRIDA, J. Gramatologia. Tradução: Miriam Schnaiderm e Renato Janini Ribeiro. São Paulo: Perspectiva, 1973.

DERRIDA, J. Esporas: Os estilos de Nietzsche. Tradução Rafael Haddock – Lobo e Carla Rodrigues. Rio de Janeiro: NAU, 2013.

Heroínas do ano, 2016. 1 vídeo (2min. 19 segs.). Publicado pelo canal High World. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1Qr0EAdxgEk. Acesso em: 4 de março de 2019.

KOHAN, W. O. Infância, estrangeiridade e ignorância: ensaios de filosofia e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

LARROSA, J. Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas. Tradução Alfredo Veiga Neto. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.

MALDONADO, M.M.C. Saberes ribeirinhos: o pantanal dobrado na alma das crianças que o habitam. In: RIBETTO, A. (org.). Políticas, poéticas e práticas pedagógicas (com minúsculas). Rio de Janeiro: Lamparina, FAPERJ, 2014.

NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

NIETZSCHE, F. Fragmentos Póstumos. 1884-1885. Tradução Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015.

O campeonato de videogame (ONU), 2018. 1 vídeo (1 min. 33 segs.). Publicado pelo canal De criança para criança. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3lZWPvfk9EM. Acesso em: 9 de set. de 2018.

O sonho impossível (ONU), 2012. Produzido por Studio J. Trnka Kratky Films, Praga (República Tcheca) em parceria com as Nações Unidas. 1 vídeo (8 min.16 segs.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dKSdDQqkmlM&t=409s. Acesso em: 04 de jun. de 2018.

OLINI, P.; CORAZZA, S. M. Noologia do currículo: dramatizações do projeto escrileituras. Currículo sem Fronteiras, v. 16, n. 3, p. 559-577, set./dez. 2016.

PÉREZ, C. L. V. Cinco cabeças e um copo de café…(com) fabulações sobre a potência de uma educação menor. In: RIBETTO, A. (org.) Políticas, poéticas e práticas pedagógicas (com minúsculas). Rio de Janeiro: Lamparina, FAPERJ, 2014.

SAINT-EXUPÉRY, A. O pequeno príncipe. Rio de Janeiro, Editora Agir, 2009.

TADEU, T.; CORAZZA, S. M.; ZORDAN, P. Linhas de Escrita. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

Downloads

Publicado

28.07.2020

Como Citar

SOUZA, Edilma de; MONTEIRO, Silas Borges. Dissidências crianceiras: involução criadora em sala de aula. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 53, p. e16566, 2020. DOI: 10.5585/eccos.n53.16566. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/16566. Acesso em: 4 nov. 2024.