Experiência e educação estética: sentidos e epifanias de um sarau infantil na universidade federal da Bahia
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n53.16705Palavras-chave:
Educação Estética. Crianças. Formação. Sarau Infantil.Resumo
A pesquisa refere-se à integração de ações desenvolvidas a partir do Sarau Infantil: Toda Criança é um Poema. O Sarau se configura em diversificados espaços/tempos de apreciação e de produção artística, permeados por experiências corporais e sensíveis entre estudantes de licenciaturas da UFBA e crianças de escolas públicas. Intentamos pesquisar quais sentidos seriam produzidos pelos estudantes das licenciaturas a partir da experiência do Sarau Infantil, de modo que refletissem sobre os processos formativos a partir da vivência com as crianças. A fundamentação teórica se valeu dos estudos de Jacques Rancière (2005), acerca da partilha do sensível e a integração do saber, do pensar e do sentir; as contribuições de Friedrich Schiller (2002) sobre Educação Estética que permite passarmos do estado passivo da sensibilidade para o estado ativo do pensamento; Os estudos de Carbonell (2012) sobre o binômio “experiência-estética” que se relaciona ao exercício de sensibilidade; Dos construtos Maffesoli (2008) sobre sensibilidade e razão. Metodologicamente, os pressupostos da Pesquisa Participante permitiram que os participantes se enxergassem como agentes ativos da pesquisa, produzindo conhecimento e intervindo artisticamente na realidade. Duas categorias conduziram as análises: 1. Os sentidos produzidos sobre a experiência do Sarau; 2. A experiência de cunho estético, sentidos e reflexões na formação. Concluímos que poucos licenciados tinham vivenciado experiências estéticas/sensíveis ao longo da graduação. Outro aspecto levantado foi o distanciamento das licenciaturas dos estudos sobre infâncias. O Sarau Infantil demonstrou ser um momento rico de formação, onde foi possível viver, pensar, dar sentido e realizar inferências autônomas nos percursos formativos.Downloads
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