Periódicos predatórios na área de educação: como reconhecer falsas revistas?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/eccos.n66.23412

Palavras-chave:

Ética na publicação científica, Publicação periódica, Má conduta científica

Resumo

O objetivo do presente estudo foi contribuir com elementos e exemplos práticos para que a comunidade acadêmica da Educação desconfie destas falsas publicações e evite consequências negativas de divulgar seus estudos em veículos fraudulentos. São discutidas as principais características dos periódicos predatórios (PP), como ausência de editores, indexações inexistentes ou fraudulentas, falsos fatores de impacto, escassez ou ausência de informações sobre endereço físico, assim como exiguidade do processo editorial por PP. Deste modo, são apresentados diversos exemplos reais de como este tipo de fraude é operacionalizada para iludir potenciais autores. É importante ressaltar que há cerca de 485 no QUALIS, sendo que alguns deles receberam notas elevadas, como A1 e A2 em determinadas áreas do conhecimento. É fundamental que instituições de pesquisa e ensino reflitam sobre o fenômeno e ajudem a orientar seus acadêmicos, evitando o desperdício de recursos e pontuações curriculares utilizando publicações ilegítimas.

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Biografia do Autor

Carlos Kusano Bucalen Ferrari, Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT

Professor Associado IV do ICBS, Campus Universitário do Araguaia, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

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Publicado

19.09.2023

Como Citar

FERRARI, Carlos Kusano Bucalen. Periódicos predatórios na área de educação: como reconhecer falsas revistas?. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 66, p. e23412, 2023. DOI: 10.5585/eccos.n66.23412. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/23412. Acesso em: 8 set. 2024.