Paulo Freire e a dialética da curiosidade: pistas para uma praxiologia do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n25.3157Palavras-chave:
Práxis. Dialética. Curiosidade. Epistemologia. Paulo Freire.Resumo
Este artigo trata sobre a curiosidade enquanto uma categoria fundante no processo de aquisição do conhecimento em Paulo Freire, seja este do senso comum, seja cientifico. A partir das leituras de Marx (1977) e Engels (1979) parte-se da análise de que é pelo trabalho que se estabelece uma relação entre ser humano e natureza, de modo que a perspectiva dialética desta compreensão material e histórica permite conceber a curiosidade humana como fator imprescindível ao processo gnosiológico. Assim, o sentido que Paulo Freire atribui à curiosidade humana está em situá-la concretamente nas condições históricas, sociais e econômicas em que o indivíduo se encontra. Deste modo, é possível identificar em Paulo Freire aquilo que denominamos de dialética da curiosidade, ou seja, o movimento que conduz o ser curioso a uma superação constante de sua condição numa perspectiva totalizadora da realidade. O fato de não serem rigorosamente constituídos não significa que não haja ‘episteme’ nos conhecimentos provenientes do senso comum, há sim, de acordo com Paulo Freire (2005), uma distinção proveniente das relações de poder pelas quais o conhecimento denominado “científico”, da academia, é denominado “ciência”.Downloads
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Publicado
06.03.2012
Como Citar
PEROZA, Juliano. Paulo Freire e a dialética da curiosidade: pistas para uma praxiologia do conhecimento. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 25, p. 77–94, 2012. DOI: 10.5585/eccos.n25.3157. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/3157. Acesso em: 2 nov. 2024.
Edição
Seção
Dossiê temático - Paulo Freire e a Educação de Adultos