Pedagogia antropofágica no aprofundamento do repertório de saberes culturais de estudantes de pedagogia e seus professores
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n46.7342Palavras-chave:
Educação Estética. Formação Docente. Pedagogia Antropofágica. Saberes Artístico-Culturais.Resumo
O texto tematiza a potência de uma Pedagogia Antropofágica na formação inicial de pedagogos, vislumbrando-se o estímulo e a complexificação do repertório de saberes artístico-culturais e experienciais dos estudantes e seus mediadores de aprendizagem. Essa Pedagogia é compreendida como fundante para o aprofundamento de uma formação cultural diversificada nos contextos sócio-políticos, visando criar elementos para a atuação docente, particularmente no referente ao ensino de artes, campo de conhecimento exigido legalmente aos pedagogos. Autores como Tardif (2007), ao discutir saberes e formação docente; Bondía (2002), no referente aos saberes de experiência; Therrien (2010), quando discorre sobre o professor como mediador de saberes; Pimenta (1997; 2006), ao tratar de formação e práxis docente; Libâneo (2002) e Franco (2012), ao situarem o campo da Pedagogia e da atuação do pedagogo; Zeichner (2008), por trazer um olhar complexo sobre professor reflexivo e seu contexto de atuação; Duarte Junior (2010), quando trata de educação estética; Andrade (1924; 1928) e Barcelos e Silva (2008), ao relacionarem antropofagia cultural e educação, subsidiam teoricamente o estudo. A metodologia de investigação é teórica e empírica, nesta última incluindo dados de entrevistas realizadas com estudantes de Pedagogia de uma universidade pública. A questão de pesquisa é assim enunciada: Como a universidade contribui para garantir o acesso a bens artístico-culturais a estudantes do curso de Pedagogia? Concluímos que a Pedagogia Antropofágica constitui concepção de formação que agrega ações educativas de caráter acadêmico e cultural, mobilizadoras de aprendizagens que ampliam horizontes teóricos e práticos necessários à educação estética.