Thauma e pensar bem na educação infantil
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n47.7383Palavras-chave:
Curiosidade Infantil. Diálogo. Educação Infantil. Pensar Bem. Thauma.Resumo
O texto é decorrência de pesquisa cujo tema foi: Filosofia e Educação para Pensar Bem na Educação Infantil, que teve como foco as possíveis contribuições da proposta do Programa de Filosofia para Crianças-Educação para o Pensar de Matthew Lipman para o estabelecimento de procedimentos pedagógicos que favoreçam a manutenção e o desenvolvimento da natural curiosidade das crianças em torno do conhecer. Na Educação Infantil não há, costumeiramente, preocupação e procedimentos que visem a alimentar essa natural curiosidade manifestada pelas expressões de admiração e de espanto (thauma, como o definiram Platão e Aristóteles) das crianças, curiosidade que é impulsionadora da busca por explicações e entendimentos. A questão central, aqui, é: em que medida práticas reflexivas iniciais a partir das perguntas das crianças, de acordo com o proposto por Lipman, podem contribuir para uma educação para o pensar bem na Educação Infantil? O texto apresenta considerações e proposições a respeito do que se pode fazer na Educação Infantil. A referência teórica principal são as ideias de Lipman, acrescidas das de outros pensadores como Paulo Freire, Karl Jaspers, Hannah Arendt, Darcísio Muraro e John Dewey. Trata-se de pesquisa bibliográfica que utiliza como categorias analíticas: curiosidade infantil (thauma), pensar bem, diálogo e educação para pensar bem.