Do desprezo à valorização do “portunhol”: testemunho de uma perturbadora experiência de descolonização subjetiva

Autores

  • Ana Maria Netto Machado UiTC - Université International Terre Citoyenne

DOI:

https://doi.org/10.5585/eccos.n45.8310

Palavras-chave:

Descolonização subjetiva. Descolonização do saber e do ser. Pensamento descolonial. Experiência. Transformações sociais.

Resumo

Neste artigo, o objetivo é compartilhar uma experiência de descolonização subjetiva. Por isso a narrativa em primeira pessoa se impôs como exigência metodológica, ao menos na seção testemunho. A vivência teve implicações importantes na trajetória acadêmica e em posturas de quem escreve. O trabalho se inscreve na perspectiva teórica descolonial e pretende contribuir com o aspecto menos debatido na literatura pertinente: estratégias de desprendimento da retórica da modernidade nas suas dimensões epistêmica e subjetiva. Propõe-se como um convite aos pares interessados nessa corrente de pensamento, para que identifiquem em suas itinerâncias e vivências, processos reveladores de transformações, na árdua tarefa coletiva de descolonização do saber e do ser (MIGNOLO, 2010), e possam externá-los. Tais manifestações parecem necessárias para o pensamento descolonial faça sues efeitos na prática, na educação, nas instituições, nas transformações sociais necessárias a um mundo mais justo e humano. 

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Biografia do Autor

Ana Maria Netto Machado, UiTC - Université International Terre Citoyenne

Graduada em Psicologia e Mestre em Educação (UFRGS, 1978 e 1989), é doutora em Ciências da Linguagem (Université Paris X, Nanterre, 1996) e em Educação (revalidação, UFRGS, 2004), com Pós-doutoramento pela UFRGS em 2017, na área da Educação. Entre 2004 e 2017 foi Atualmente é professora/pesquisadora do PPGE da UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE, primeiro mestrado da IES, cuja proposta desenvolveu em parceria com os docentes da área de Educação; coordenou o curso desde sua criação (2005) até a sua recomendação pela CAPES (2008). Sua carreira acadêmica começa no final do doutorado (1995); anteriormente, praticava a clínica psicanalítica até que a experiência foi dando lugar à construção de um novo campo de pesquisas e práticas, centrado na escrita, autoria e orientação de teses e dissertações. Criou, em 1998, o Laboratório de Escrita, em Porto Alegre, voltado para a promoção da autoria, trabalho que encerrou à medida que a inserção na UNIPLAC foi demandando atenção intensiva. A partir de 1995 atuou, sucessivamente em diversos PPGEs do interior dos Estados do RS, PR e SC, interessando-se pelo processo de interiorização da pós-graduação e os modelos de universidade, a formação de pesquisadores nesses contextos e a qualificação da produção de conhecimentos. Na sequência a cultura científica e as relações entre ciência, universidade e sociedade tem ocupado cada vez mais centralidade. Mais adiante pesquisou sobre o papel dos egressos da Pós-graduação e sua responsabilidade nas mudanças sociais a partir dos resultados das pesquisas. A participação da Alliance International Terre Citoyenne, que deu origem à Université International Terre Citoyenne (www.uitc-edu.org), da qual a autora integrou o Comitê Promotor em 2014,  liderando a construção da Cátedra Terra Cidadã Brasil - que visa o desenvolvimento de alternativas mundiais de cooperação entre intelectuais, pesquisadores e as lideranças das organizações e movimentos sociais dos quatro continentes. Foi avaliadora ad hoc do GT 11 (Políticas de Educação Superior) da ANPEd (2011-2012). Traduziu 12 obras para a editora Artes Médicas e também pratica a fotografia. 

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Publicado

21.03.2018

Como Citar

NETTO MACHADO, Ana Maria. Do desprezo à valorização do “portunhol”: testemunho de uma perturbadora experiência de descolonização subjetiva. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 45, p. 101–116, 2018. DOI: 10.5585/eccos.n45.8310. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/8310. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático: Pensamento decolonial e interculturalidade na América Latina - desafios para a educação