Há vida na escola e escola na vida: algumas provocações a partir do projeto de lei “Escola Sem Partido”
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n56.8544Palavras-chave:
Educação. Sociedade. Escola sem Partido.Resumo
O artigo em questão tem como objetivo principal problematizar e analisar a relação de congruência permanente entre escolasociedades, visando potencializar um processo de aprendizagem que seja/esteja voltado para a produção de outras relações, valorizando a pluralidade de experiências e conhecimentos existentes e constantes entre esses espaços. Nessas discussões, pensadores como Morin (1991), Santos (2010), Alves (2008) e Maturana (2009) correspondem a alguns dos intercessores teóricos com os quais procuramos nos envolver. Tendo como enfoque a proposta de lei denominada “Escola sem Partido”, que visa retroceder e “robotizar” o processo educacional e seus sujeitos, discute-se a relação da racionalidade hegemônica moderna, com sua perspectiva dualista e fragmentária de entendimento da realidade, com essa proposta de lei, cuja lógica comporta e implica a possibilidade de neutralidade da escola em relação ao que se passa na sociedade. Além disso, o artigo aborda, também, a necessidade urgente de um questionamento permanente da ideia dicotômica e reducionista com que é tratada a relação da escola com a sociedade, propondo, assim, a recusa a qualquer proposta/projeto ou mesmo modelo que submeta ou limite a liberdade do pensamento no ambiente escolar.
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