Relações entre famílias e instituições de educação infantil: o compartilhamento do cuidado e educação das crianças

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5585/eccos.n50.14110

Palabras clave:

Compartilhamento, Educação Infantil, Famílias

Resumen

O objeto deste artigo é a relação entre famílias e a instituição de Educação Infantil (IEI) e buscou responder à seguinte pergunta: que significados os familiares constroem sobre a frequência de suas crianças à IEI? O enfoque adotado foi o da análise compreensiva do fenômeno das relações entre famílias e escola, com o propósito de elucidar as possibilidades do compartilhamento do cuidado e educação de bebês e crianças de 0 a 5 anos como função da Educação Infantil. A pesquisa, de caráter qualitativo, abrangeu diferentes instrumentos de construção de dados, dentre os quais a realização de grupos focais com familiares, que constituem as fontes empíricas analisadas neste artigo. A categoria central discutida é o compartilhamento e seus elementos constitutivos. Como resultados, a pesquisa revelou que o compartilhamento do cuidado e educação das crianças apresenta dimensões espaço-temporais que extrapolam os tempos e espaços da escola e se relaciona com processos de construção da confiança, segurança e bem-estar de crianças e adultos. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Isabel de Oliveira e Silva, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora Associada do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Membro do Nùcleo de Estudos sobre Infância e Educação Infantil - NEPEI/FaE/UFMG.

Iza Rodrigues da Luz, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Psicologia - Psicólogo pela Universidade de Brasília (1998), graduação em Licenciatura em Psicologia pela Universidade de Brasília (1997), mestrado em Psicologia pela Universidade de Brasília (2000) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005). Atualmente é professora associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FaE/UFMG) e do Programa de Pós-graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social da FaE/UFMG e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Infância e Educação Infantil (NEPEI/FaE/UFMG). Tem experiência nas áreas de Psicologia e Educação, com ênfase em Psicologia do Desenvolvimento Humano, seus projetos de ensino, pesquisa e extensão se concentram principalmente nos seguintes temas/áreas: Educação Infantil em contextos urbanos e rurais, formação de professores, agressividade, infância e processo de desenvolvimento humano.

Citas

ANDRÉ, M. E. D. A. O que é um estudo de caso qualitativo em educação? Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 22, n. 40, jul./dez. 2013, p. 95-103.

ANDRÉ, M. E. D. A. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. Brasília: Liberlivro, 2005.

ARAÚJO, V. C. Educação infantil em tempo integral ou educação em tempo integral na educação infantil: um debate necessário. In: REIS, M.; BORGES, R. R. (Org.). Educação Infantil: arte, cultura e sociedade. 1ed.Curitiba: CVR, 2016. p. 189-208.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 5 out. 1988.

BRASIL. Lei federal nº 9.394. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 23 dez. 1996.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CEB nº 5 de 17 de dezembro de 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 2009.

BITTENCOURT, L. C. A.; SILVA, I. O. O cuidado e educação das (os) bebês em contexto coletivo: a construção da experiência da auxiliar de apoio à educação infantil na interação com bebês e professoras. Zero-a-Seis, Florianópolis, v. 19, n. 36, dez. 2017, p. 379-396.

CAMPOS, M. M. M. Educar e cuidar: questões sobre o perfil do profissional de educação infantil. In: MEC/SEF/DPEF/COEDI. (Org.). Por uma política de formação do profissional de educação infantil. Brasília: MEC/SEF/DPEF/COEDI, 1994, p. 32-42.

DUMONT-PENA, E.; SILVA, I. O. Aprender cuidar: diálogos entre saúde e Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 2018.

HADDAD, L. A creche em busca de identidade. São Paulo: Loyola, 1991.

HIRATA, H.; KERGOAT, D. Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 132, set./dez. 2007, p. 595-609.

KUHLMANN Jr., M. Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Editora Mediação, 1998.

MARANHÃO, D. G; SARTI, C. A. Creche e família: uma parceria necessária. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 133, jan./abr. 2008, p. 171-194.

MARANHÃO, D. G. O cuidado de si e do outro. Educação, São Paulo, v. 2, 2011, p. 14-29.

MARANHÃO, D. G.; SARTI, C. A. Cuidado compartilhado: negociações entre famílias eprofissionais em uma creche. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 11, n. 22, mai./ago., 2007, p. 257-270.

MALAGUZZI, L. História, ideias e filosofia básica. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. (Org.). As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artmed, 1999. p. 59-104.

MINAYO, M. C. S. Análise qualitativa: teoria passos e fidedignidade. Revista Ciência e Saúde Coletiva para a Sociedade, Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, mar. 2012, p. 621-626.

MONÇÃO, M. A. G. O compartilhamento da educação das crianças pequenas nas instituições de educação infantil. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 45, n. 157, set. 2015, p. 652-679.

NOGUEIRA, M. A. Família e escola na contemporaneidade: os meandros de uma relação. Educação e Realidade, Porto Alegre, vol. 31, n. 2, jul./dez. 2006, p. 155-169.

RAPOPORT, A.; PICCININI, C.A. A escolha do cuidado alternativo para o bebê e a criança pequena. Estudos de Psicologia, Natal, vol. 9, n. 3, dez. 2004, p. 497-503.

ROSEMBERG, F. Avaliação de programas, indicadores e projetos em Educação Infantil. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 16, jan./abr. 2001, p. 19-26.

ROSEMBERG, F. O movimento de mulheres e a abertura política no Brasil: o caso da creche. In: ROSEMBERG, F. (Org.). Creche (Temas em destaque). São Paulo: Cortez/Fundação Carlos Chagas, 1989. p. 90-103.

SILVA, I. O. Educação Infantil no coração da cidade. São Paulo: Cortez, 2008.

SILVA, I. O. Crianças de 0 a 2 anos em instituição de Educação Infantil: entre educadoras e mães. In: REIS, M.; XAVIER, M. C; SANTOS, L. (Org.). Crianças e Infâncias: educação, conhecimento, cultura e sociedade. 1 ed. São Paulo: Annablume, 2012, p. 33-49.

SILVA, I. O. A creche e as famílias: o estabelecimento da confiança das mães na instituição de educação infantil. Educar em Revista, Curitiba, n. 53, set. 2014, p. 253-272.

SILVA, I. O. A educação infantil no Brasil. Pensar a Educação em Revista, Curitiba/Belo Horizonte, v. 2, n. 1, jan-mar/2016, p. 3-33.

VIEIRA, L. M. F. Creches no Brasil: de mal necessário a lugar de compensar carências rumo à construção de um projeto educativo. 1986. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1986.

VIEIRA, L. M. F. Mal necessário: creches no Departamento Nacional da Criança (1940-1970). Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 67, nov. 1988, p. 3-16.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2010.

Publicado

2019-09-30

Cómo citar

SILVA, Isabel de Oliveira e; LUZ, Iza Rodrigues da. Relações entre famílias e instituições de educação infantil: o compartilhamento do cuidado e educação das crianças. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 50, p. e14110, 2019. DOI: 10.5585/eccos.n50.14110. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/14110. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

Dossiê 50 - Educação Infantil e suas Infâncias