Doação de Órgãos no Brasil: Uma Análise das Campanhas Governamentais sob a Perspectiva do Marketing Social
DOI:
https://doi.org/10.5585/remark.v14i3.2902Palavras-chave:
Social Marketing, Organ Donation, Governmental Campaigns, Safety, No Donation.Resumo
Atualmente, no Brasil, identifica-se uma demanda por doação de órgãos superior à oferta. Na fila de espera para conseguir uma doação encontram-se pacientes que o transplante como sua única esperança de vida. Segundo o Mistério da Saúde do Brasil (2014), o número de pacientes ativos no Cadastro Técnico Nacional, a espera de um transplante de órgão, diminuiu aproximadamente 40% nos últimos cinco anos. Esta redução está associada a uma maior e mais qualificada oferta de serviços públicos em prol da doação de órgãos. Contudo, ressalta-se que estes números ainda não atendem as necessidades e demandas atuais da sociedade. Diante desse cenário, o presente estudo tem como objetivo analisar a percepção de doadores e potenciais doadores de órgãos do Estado de Minas Gerais, Brasil, acerca das estratégias de marketing social adotadas pelo governo. Para tal, realizou-se uma pesquisa de abordagens quantitativa e qualitativa. Os dados da etapa quantitativa foram coletados por meio de uma survey aplicada a 412 indivíduos e para a fase qualitativa foram realizadas 23 entrevistas semiestruturadas com pessoas diretamente envolvidas no processo de doação de órgãos. Os resultados indicam que um dos principais fatores que interfere negativamente na intensão de doar órgãos está relacionado a questões de segurança. Sublinha-se, ainda, uma baixa percepção acerca da eficácia das campanhas de marketing social em prol da doação de órgãos.