Educação libertadora contra a ignorância e a barbárie: notas do pensamento crítico de Paulo Freire
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n61.15794Palavras-chave:
educação, Paulo Freire, emancipação, ignorância, barbárieResumo
A educação brasileira, ironicamente, segue como alvo de uma política de desregulamentação do Estado e de interesses mercadológicos do capital financeiro. Nessa perspectiva, o cenário brasileiro no âmbito educacional se configura de modo obscurantista, sobretudo, pelos cortes de verbas, se transforma numa arena de conflitos ideológicos em que professores são caracterizados como “doutrinadores ideológicos” e com o interesse de redução drástica da formação humanista e que entende o conhecimento hierarquizado por sua utilidade e identificado pelo vocabulário da prática. Este ensaio pretende refletir sobre os sentidos do “educar” (formar), na perspectiva das contribuições da educação como prática de liberdade e autonomia de Paulo Freire. Primeiramente, buscamos uma exposição do pensamento de Freire, sobretudo, de sua análise da educação bancária e o seu contraponto na educação libertadora. Num segundo momento, tratamos sobre a educação como resistência critica a ignorância e a barbárie na atual condição do campo educacional brasileiro em tempos de neoconservadorismo, de modo particular, num exercício do pensamento crítico sobre esse nosso tempo social, que tenta uma negação do pensamento freireano.
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