O cinema negro encontra a formação de professoras: sensibilidades interculturais, impressões pós-coloniais e reconstruções decoloniais
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n55.8360Palavras-chave:
Cinema negro, Formação de professoras, Pedagogia decolonialResumo
Esta pesquisa tem o intuito de compreender de quais modos as licenciandas de um curso de Pedagogia reconstroem conhecimentos diante de filmes com temáticas afro-brasileiras. Para isso, mediante a mostra da obra “A negação do Brasil” (2001), de Joel Zito Araújo, o estudo possibilitou às estudantes-espectadoras potencializar sensibilidades, impressões e reconstruções respectivamente à Interculturalidade, à Pós-Colonialidade e à Pedagogia Decolonial. A metodologia da pesquisa segue as orientações da perspectiva multi/intercultural que possibilita compreender como se constituem as pluralidades e diversidades com o intuito de contribuir para uma formação questionadora da existência das populações negras. As análises demonstraram que as espectadoras relacionaram questões da produção fílmica de acordo com suas condições enquanto mulheres e professoras responsáveis pela formação de seus filhos e alunos em uma perspectiva de questionamento e reelaboração em vista a uma epistemologia pautada em suas trajetórias e existências.
Downloads
Referências
A NEGAÇÃO do Brasil. Direção: Joel Zito Araújo. Elenco: Léa Garcia, Maria Ceiça e Milton Gonçalves, Ruth de Souza e mais. 2001. Rio de Janeiro: Estúdio de Mixagem: Equipe Estúdios Mega. 1 filme documentário (1h32min), 35mm, Colorido e P&B.
BRASIL. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. Cidades. Nova Iguaçu. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php? lang=&codmun=330350&search=rio-de-janeiro|nova-iguacu. Acesso em: 15 Dez 2017.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Estabelece as diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Diário Oficial da União, Brasília, DF: Presidência da República, 09 jan. 2003.
BRASIL. Lei n. 13.006, de 26 de junho de 2014. Estabelece a exibição de filmes de produção nacional que constituirá componente curricular integrada à proposta curricular da escola sendo a sua exibição obrigatória por no mínimo duas horas mensais. Diário Oficial da União, Brasília, DF: Presidência da República, 26 jun. 2014.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Manual operacional para comitês de ética em pesquisa. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2002.
CANDAU, Vera. Diferenças culturais, interculturalidade e educação em Direitos Humanos. In: Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 118, p. 235-250, jan.-mar. 2012.
CANDAU, Vera; OLIVEIRA, Luís Fernandes de. Pedagogia Decolonial e Educação antirracista e intercultural no Brasil. In: Educação em Revista, Belo Horizonte, vol.26, n.01, p.15-40, jan.-abr. 2010. ISSN 0102-4698.
CANEN, Alberto; IVENICKI, Ana. Metodologia da Pesquisa: rompendo fronteiras curriculares. Rio de Janeiro: Moderna, 2016.
CANEN, Ana. A pesquisa multicultural como eixo da formação docente: potenciais para a discussão da diversidade das diferenças. In: Ensaio, v.16, n.59, p. 297-308, abr/jun.2008.
GOMES, Nilma Lino. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. In: Revista Currículo sem Fronteiras, Belo Horizonte, vol.12, n.1, p.98-109, jan.-abr. 2012.
GOUVÊA, Fernando César Ferreira; OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; SALES, Sandra Regina (Orgs.). Educação e Relações Étnico-Raciais: entre diálogos contemporâneos e políticas públicas. Petrópolis (RJ): De Petrus [et alii]; Brasília (DF): Capes, 2014.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Liv SOVIK (Org.); Tradução de Adelaine La Guardia Resende [et al.]. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
MIGNOLO, Walter. Histórias locais/ Projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Tradução de Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
MIRANDA, Cláudia. Currículos decoloniais e outras cartografias para uma educação das relações étnico-raciais: desafios político-pedagógicos frente à Lei n. 10.639/2003.
PRUDENTE, Celso. Cinema Negro: Pontos reflexivos para a compreensão da importância II Conferência de intelectuais da África e da Diáspora (Ensaios). Brasília, 2011, p. 48- 50.
Revista da ABPN , v. 5, n. 11, jul.– out , p. 1.00-118, 2013.
RODRIGUES, João Carlos. O negro brasileiro e o cinema. Rio de Janeiro: Pallas, 2011.
SANTOS, Júlio César. A quem interessa um cinema negro? Revista da ABPN, v. 5, n. 9 nov.–fev., p. 98-106, 2013.
SOUZA, Edileuza Penha. Negritude, Cinema e Educação: caminhos para implementação da Lei n.10.639/2003. Belo Horizonte: Mazza, 2011.
WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y educación intercultural. In: VIAÑA, Jorge; WALSH, Catherine; TAPIA, Luis (Orgs.). Construyendo interculturalidad crítica. La Paz: Instituto Internacional de Integración Andrés Bello, 2009, p.75-96.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 EccoS – Revista Científica

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do texto na da revista;
O(s) autor(es) garantem que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).