O cinema negro encontra a formação de professoras: sensibilidades interculturais, impressões pós-coloniais e reconstruções decoloniais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/eccos.n55.8360

Palavras-chave:

Cinema negro, Formação de professoras, Pedagogia decolonial

Resumo

Esta pesquisa tem o intuito de compreender de quais modos as licenciandas de um curso de Pedagogia reconstroem conhecimentos diante de filmes com temáticas afro-brasileiras. Para isso, mediante a mostra da obra “A negação do Brasil” (2001), de Joel Zito Araújo, o estudo possibilitou às estudantes-espectadoras potencializar sensibilidades, impressões e reconstruções respectivamente à Interculturalidade, à Pós-Colonialidade e à Pedagogia Decolonial. A metodologia da pesquisa segue as orientações da perspectiva multi/intercultural que possibilita compreender como se constituem as pluralidades e diversidades com o intuito de contribuir para uma formação questionadora da existência das populações negras. As análises demonstraram que as espectadoras relacionaram questões da produção fílmica de acordo com suas condições enquanto mulheres e professoras responsáveis pela formação de seus filhos e alunos em uma perspectiva de questionamento e reelaboração em vista a uma epistemologia pautada em suas trajetórias e existências.

 

 

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Biografia do Autor

Fábio José Paz da Rosa, Universidade Estácio de Sá

É Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/PPGE) vinculado à Linha de Pesquisa Currículo e Linguagem. É integrante do grupo de Pesquisa Currículo e Linguagem Cinematográfica. É associado à Rede KINO: Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual. É Mestre em Educação, Cultura e Comunicação (2012) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É especialista em Organização Curricular e Prática Docente (2009) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É Licenciado em Pedagogia (2007) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atualmente, é professor auxiliar da Universidade Estácio de Sá (UNESA) na Licenciatura em Pedagogia e coordenador da Pós-Graduação Lato-sensu em Psicopedagogia Clínica e Institucional da Universidade Estácio de Sá (UNESA). É coordenador do Projeto de Pesquisa "Luz, Câmera e negritudes: O cinema negro na construção curricular nos cursos de formação de professores" (UNESA).

Ana Valéria de Figueiredo da Costa, Universidade Estácio de Sá

Professora Adjunta da UERJ no Instituto de Artes. Professora Docente da Universidade Estácio de Sá (UNESA) e da Universidade Iguaçu (UNIG) na graduação e na pós-graduação lato sensu. Líder de Pesquisa do Grupo Estratégias Pedagógicas de Aprendizagem - GEPA UNESA e Grupo Práticas Pedagógicas, Currículo e Espaços de Formação - PPCEF UNIG. Pesquisadora do GRPESQ Estudos Culturais em Educação e Arte (UERJ-UFRRJ) e Seraphicus (UERJ). Professora do Laboratório Brinquedoteca BrincArte Estácio Nova Iguaçu. Doutora em Ciências Humanas-Educação (PUC-Rio; 2008); Mestre em Educação (PUC-Rio; 2001); especialista em: Diversidade Étnica e Ensino Superior (UFRRJ; 2013 - ênfase no estudo das leis 10.639/03 e 11.645/08); Planejamento, Gestão e Implementação de EAD (PIGEAD UFF; 2012); Mediação Pedagógica em EAD (PUC-Rio; 2010); Gestão da Escola Pública (UFJF; 2007); Educação Especial (UNIG; 1999); Arte-terapia, Educação e Saúde (UCAM; 1998). Graduada em Licenciatura em Educação Artística (UFRJ; 1986). Experiência na área de Educação nos seguintes temas: Formação de Professores, Prática Pedagógica, Educação Especial/ Inclusiva, Artes, Música e Disciplinas Pedagógicas de maneira geral, na Educação Básica e na Educação Superior (graduação e pós-graduação) e em EAD. Atuou como Formadora e Orientadora de Linguagem no PNAIC e Coordenadora de Pesquisa de Iniciação Científica do Curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá (UNESA). Licencianda em Pedagogia pela UFRRJ Instituto Multidisciplinar

Referências

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Publicado

16.12.2020

Como Citar

PAZ DA ROSA, Fábio José; DE FIGUEIREDO DA COSTA, Ana Valéria. O cinema negro encontra a formação de professoras: sensibilidades interculturais, impressões pós-coloniais e reconstruções decoloniais. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 55, p. e8360, 2020. DOI: 10.5585/eccos.n55.8360. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/8360. Acesso em: 30 nov. 2023.