Public policies for education in Brazil: from the third sector to the privatization process of higher education

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5585/eccos.n59.10781

Keywords:

education, higher education, neoliberalism, teaching music

Abstract

In this article, we aim to reflect on the influence of international bodies, such as the World Bank (WB), the International Monetary Fund (IMF) and the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) in public policies for Higher Education in Brazil. The adoption of neoliberal policies began in the 1990s and since then we are seeing a series of changes ranging from the encouragement and proliferation of non-governmental organizations (NGOs) as a third sector, to those that are leading us to the privatization of all stages of education, so as to reach higher education. Through a bibliographic and documentary approach, the article carries out a brief reflection on the Master Plan for the Reform of the State Apparatus (BRAZIL, 1995) and the recommendations of the World Bank, IMF and Unesco for Education. Authors such as Netto and Braz (2010), Mészáros (2008), among others, clarify the influence of a public policy based on neoliberal ideas for Education. As examples, we considered Law nº 11,769 of August 2008, which deals with the compulsory teaching of music in Brazilian schools and the offer of this teaching by several NGOs. We note that, in the same way, there are similar discourses in favor of the privatization of Higher Education that use, including, Distance Education (EaD). We conclude that these international agencies tend to maintain advantages to the market to the detriment of human benefits, altering relations between state, market and society.

Downloads

Author Biographies

Patrícia Lakchmi Leite Mertzig, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Douora em Educação. Professora do curso de Música e {edagogia na modalidade a distância da Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (FACLEPP) na Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE).

Camila Tecla Mortean Mendonça, Universidade Cesumar - Unicesumar

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá, PR (UEM). Professora do curso de Pedagogia na modalidade a distância do Unicesumar.

Maria Luisa Furlan Costa, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Professora doutora do Departamento de Fundamentos e Práticas da Educação (DFE) e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). 

References

BANCO MUNDIAL. Um ajuste justo: análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil. Volume I: síntese. Novembro, 2017.

BORGES, Maria Creuza de Araújo. A visão de educação superior do Banco Mundial: recomendações para a formulação de políticas educativas na América Latina. RBPAE, Brasília, v. 26, n. 2, p. 367-375, 2010.

BOURDIEU, Pierre. Escritos de educação. In: NOGUEIRA, Maria Alice; CATANI, Afrânio (org.). Petrópolis: Vozes, 1998.

BRASIL. Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 2017. Disponível em:

http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9057.htm. Acesso em: 20 nov. 2021.

BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, [2009]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 20 nov. 2021.

BRASIL. Lei n° 11.769, de 18 de agosto de 2008. Altera a Lei n°9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. Brasília, DF: Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11769.htm. Acesso em: 20 nov. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília, DF: MEC/SEF, 2000.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Censo Demográfico 2017. Resultados gerais da amostra. IBGE. Brasília, DF: Secretaria de Política Econômica, 2018. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses-estatisticas-da-educacao-superior. Acesso em: 20 nov. 2021.

BRASIL. Ministério do Planejamento. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília, DF: MP, 1995. Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/ editoria.asp?p=editoria&index=25&ler=t524. Acesso em: 20 nov. 2021.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: arte. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. A crise da América Latina: consenso de Washington ou crise fiscal? Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 5-22, 1991.

CARINHATO, Pedro Henrique. Neoliberalismo, reforma do estado e políticas sociais nas últimas décadas do século XX no Brasil. Revista Aurora, Marília, v. 2, n. 3, p. 37-49, 2008.

FIORI, José Luís. Ajustes e milagres latino-americanos. In: FIORI, José Luís. Os Moedeiros Falsos. Petrópolis: Vozes, 1997. p. 47-59.

LARA, Angela Mara de Barros; SILVA, Jani Alves da. Políticas públicas para a educação infantil no Brasil: qualidade, descentralização e focalização. In: AZEVEDO, Mário Luiz Neves de (org.). Políticas Públicas: debates contemporâneos e educação. Maringá: Eduem, 2008. p. 107-137.

MENDONÇA, Camila Tecla Mortean. O Estado do conhecimento na educação superior a distância e a intervenção dos organismos internacionais nas políticas públicas (2001 a 2014). 2016. 137 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2016.

MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. Tradução: Isa Tavares. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2008.

NETTO, José Paulo; BRAZ, Marcelo. Economia política: uma introdução crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

PERES, José Roberto Pereira. Questões atuais do Ensino de Arte no Brasil: o lugar da Arte na Base Nacional Comum Curricular. Revista de Educação, Desenho e Artes Visuais do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 24-36, 2017.

ROBERTSON, Susan Lee. A estranha não morte da privatização neoliberal na Estratégia 2020 para a educação do Banco Mundial. Revista Brasileira de Educação, [S. I.], v. 17, n. 50, p. 283-302, 2012.

ROMERO, Ana Paula Hamerski; NOMA, Amélia Kimiko. “Novos” movimentos da sociedade civil, no final do século XX: o terceiro setor na educação. In: AZEVEDO, Mário Luiz Neves de (org.). Políticas Públicas: debates contemporâneos e educação. Maringá: Eduem, 2008. p. 81-105.

SANTOS, Ademar Sousa dos. A reforma administrativa do Estado brasileiro nos anos 90 e a proposta de descentralização educacional. Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 7, n. 11, p. 53-72, 2011.

TORRES, Rosa Maria. Melhorar a qualidade da educação básica? As estratégias do Banco Mundial. In: TOMMASI, Lívia; WARDE, Mirian Jorge; HADDAD, Sérgio (org.). O Banco mundial e as políticas educacionais. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003. p. 125-193.

UNESCO/MEC. Educação, um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC/UNESCO, 1998.

Published

2021-12-20

How to Cite

LAKCHMI LEITE MERTZIG, Patrícia; TECLA MORTEAN MENDONÇA, Camila; FURLAN COSTA, Maria Luisa. Public policies for education in Brazil: from the third sector to the privatization process of higher education. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 59, p. e10781, 2021. DOI: 10.5585/eccos.n59.10781. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/10781. Acesso em: 4 jun. 2025.

Issue

Section

Artigos
Crossref
0
Scopus
0
Views
  • Abstract 866
  • PDF (Português (Brasil)) 612