A sombra do diagnóstico em crianças com o Transtorno do Espectro Autista – impactos na vida escolar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/2025.26520

Palavras-chave:

crianças, diagnóstico, educação infantil, transtorno do espectro autista

Resumo

Ao longo dos últimos anos, temos observado uma inflação dos diagnósticos no âmbito escolar, identificados como Transtornos e Síndromes, a partir da identificação dos sinais precoces de crianças cada vez menores, mediante a influência do olhar biomédico. Este artigo, fruto de uma dissertação de mestrado em educação, objetiva refletir o impacto do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) como rótulo social no processo de ensino aprendizagem da criança. De forma específica, pretende identificar como ocorrem os encaminhamentos das crianças com suspeita de patologias na educação infantil e verificar o que é feito com o diagnóstico de TEA da criança na instituição. O estudo se centra na educação infantil, problematizando como o olhar biomédico tem se tornado um viés no processo de escolarização. A pesquisa transcorreu no município de Içara, Santa Catarina, em um Centro de Educação Infantil (CEI), tendo como participantes da pesquisa a diretora da instituição, 5 professoras e a mãe de uma das crianças diagnosticadas. O estudo foi qualitativo e o instrumento de pesquisa foi a entrevista semiestruturada. A análise dos dados se deu por categorias, duas das quais foram analisadas neste artigo: o protocolo adotado pelo CEI para a realização dos encaminhamentos; o que é feito com o diagnóstico de TEA no CEI. Os dados demonstram que os encaminhamentos realizados pela escola pesquisada ocorrem por meio de observação dos professores, não havendo uma estrutura ou protocolo específico para se adotar no encaminhamento da criança ao serviço de saúde ou ao especialista; são encaminhadas aquelas crianças que os professores, em reunião pedagógica, julgam não estarem de acordo com o desenvolvimento esperado. Após o diagnóstico, há toda uma ação dos professores para com estas crianças em sala de aula. Evidencia-se a centralidade do diagnóstico nestas ações.

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Biografia do Autor

Deise Hilger, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Mestra em Educação: Processo de Ensino Aprendizagem dentro do Transtorno do Espectro Autista, pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Pós-graduada com nível de Especialização em Autismo: a prática do ensino estruturado aplicada ao atendimento clínico ambulatorial de pessoas com TEA pela Faculdade Educacional da Lapa. Graduação em Psicologia pela Escola Superior de Criciúma (ESUCRI). Complementação pedagógica em Sociologia pela Universidade Norte do Paraná. Psicologia Clínica. Atendente terapêutica (AT) dentro do transtorno do espectro autista com aplicação do ABA e Pecs. Curso de Psicologia das Emergências e Desastres aplicados às ações da Defesa Civil.

 

Janine Moreira, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutora em Educação, realizado na Universidade de Córdoba, na Espanha, e convalidado pela Universidade Federal de Santa Catarina; mestra em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina; psicóloga pela Universidade Federal de Santa Catarina. Realizou estágio pós-doutoral na Faculdade de Educação na Universidade de Murcia, na Espanha. É professora do curso de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), de Criciúma; neste, participa da linha de pesquisa Formação e Gestão em Processos Educativos. É líder do Grupo de Pesquisa Descolonização, Educação e Processos Subjetivos. 

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Publicado

12.03.2025

Como Citar

HILGER, Deise; MOREIRA, Janine. A sombra do diagnóstico em crianças com o Transtorno do Espectro Autista – impactos na vida escolar. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 72, p. e26520, 2025. DOI: 10.5585/2025.26520. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/26520. Acesso em: 16 mar. 2025.

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