Aprendizagem cumulativa como fonte de inovação: o caso de uma grande empresa do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5585/iji.v10i1.21015Palavras-chave:
Aprendizagem cumulativa, Inovação, Teoria neoschumpteriana, Setor de higiene pessoal, Perfumaria e cosméticos (HPPC) no Brasil.Resumo
Objetivo do estudo: Identificar e analisar as evidências do processo de aprendizagem dos tipos “aprender fazendo”, “aprender usando” e “aprender interagindo” como fonte de inovação numa grande empresa do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) no Brasil.
Metodologia/abordagem: Foi realizado um estudo de natureza qualitativa com abordagem exploratória, tendo como procedimento de coleta de dados entrevistas com profissionais de uma grande empresa do setor de HPPC no Brasil.
Originalidade/Relevância: Uma empresa que busca inovação não se restringe apenas à área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), mas também deve considerar, como fonte de inovação, o aprendizado contínuo do seu ambiente interno e externo que lhe proporciona um conhecimento tácito que a diferencia de seus concorrentes. Apesar do setor de HPPC ser um dos mais importantes do Mundo, sendo o Brasil um dos seus maiores players, há uma escassez de artigos publicados para este setor que aborde as questões do processo de aprendizagem como fonte de inovação.
Principais resultados: Os resultados evidenciam a existência do processo de aprendizagem como fonte de inovação em rotinas formais e informais, especialmente para o tipo de aprendizado “aprender interagindo” na geração de inovações pioneiras na empresa selecionada.
Contribuições teóricas/metodológicas: Discutir e evidenciar o papel da aprendizagem cumulativa como fonte de inovação para as empresas.
Contribuições sociais / para a gestão: Espera-se que esta investigação motive que futuros trabalhos busquem evidenciar o papel da aprendizagem cumulativa na geração de inovações nas empresas.
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