O aceno do sentido – A fotografia e o haikai por Roland Barthes
DOI:
https://doi.org/10.5585/dialogia.N29.8687Palabras clave:
Roland Barthes, fotografia, haikaiResumen
As primeiras investidas de Roland Barthes sobre a possibilidade comparativa entre a fotografia e o haikai datam da década de 1970, com o livro O império dos signos, e vão se estender pelo restante do trabalho dele durante uma década, até culminar com o livro A câmara clara. Antes disso, no período letivo que vai de 1978 a 1980, no curso intitulado A preparação do romance, ministrado no Collège de France, posteriormente compilado em livro, Barthes dedicará praticamente oito semanas, exclusivamente, à forma de fazer poética oriental e sua sugestão fotográfica. O subjetivo e o imaginário, que já tinham assento reservado em toda a obra barthesiana, são aqui reconfirmados. Essa insistência na força da escritura singular diante de uma pretensa objetividade do mundo, pretendida por muitos, mas incapaz de dar conta das aflições emotivas que nos movem nesse universo de signos, parece assegurar a Barthes ver o haikai, e também a fotografia, como uma forma particularmente exemplar de alcançar o peculiar em detrimento da totalidade.