Paulo Freire e a educação na infância em sete categorias que se complementam
DOI:
https://doi.org/10.5585/42.2022.23499Palavras-chave:
infância, educação infantil, Paulo Freire, epistemologia freiriana, educação emancipadoraResumo
Conhecido e reconhecido como uma das mais relevantes produções do Século XX para o campo pedagógico, o legado teórico-metodológico de Paulo Freire foi discutido até o final dos anos de 1990, prioritariamente, no âmbito da educação de pessoas jovens e adultas. Todavia, com a redescoberta e expansão de suas ideias, desde o início da primeira década do século XXI, o trabalho do eminente educador e pensador brasileiro tem sido problematizado em diferentes áreas do conhecimento e incorporado como referência teórico-prática por uma infinidade de movimentos sociais crítico-humanistas. Nesse mesmo período, a infância tem sido uma das modalidades mais destacadas na renovação pedagógica ao encontrar nos subsídios freirianos importantes aportes conceituais e práticos para o fazer cotidiano educacional, nessa etapa tão fundamental da educação. Com o propósito de contribuir para esse debate, a presente reflexão elegeu sete categorias freirianas que, dentre outras, ajudam a entender tanto o processo ontológico quanto o processo de aprendizagem nos primeiros anos, seja no mundo da escola, seja fora do ambiente escolar. Esperança/utopia, amorosidade, diálogo, leitura do mundo, inconclusão, ingenuidade e curiosidade são alguns dos aportes conceituais centrais que, discutidos aqui a partir do legado freiriano, contribuem para os fundamentos de uma práxis radicalmente emancipadora desde a infância.
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