Espaços poéticos como mediação para a narrativa de si
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n53.16658Palavras-chave:
Ateliê biográfico, Automedialidade, Espaços poéticos, Formação, Narrativas estéticas.Resumo
Este artigo apresenta o relato e a reflexão da experiência docente no processo de criação gestual e imagética como parte da disciplina “Narrativas de Si e Aprendizagem em Arte”, no Programa de Pós-Graduação da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, durante o segundo semestre de 2019. Recorremos como metodologia à análise dos relatos de experiência feito pelos alunos e à rememoração das experiências vividas. A turma era composta de 12 alunos das áreas de Teatro, Dança, Música, Artes Visuais, Moda e Audiovisual, entre doutorandos, mestrandos, alunos de disciplina isolada, além de alguns alunos do Mestrado Profissional – PROFARTES. O papel da Arte e das múltiplas linguagens expressivas na produção de narrativas de si, em contextos de investigação e formação, destaca a pertinência de dispositivos estético e artístico na medialidade biográfica. Com base na proposta do ateliê biográfico, as imagens, os objetos e o trabalho corporal apresentam-se como instrumentos mediadores que potencializam não só a ativação da memória do vivido, mas a matéria e a forma da narrativa estética. Este trabalho relata a necessidade de abertura de espaços e de tempos para os modos próprios de dizer dos alunos, envoltos em múltiplas linguagens e materialidades estéticas. Dá a conhecer a experiência docente que oportuniza aos alunos o debruçar-se sobre o processo vivido na Arte, ao longo de suas vidas. Metodologicamente, privilegia narrativas em imagens, com elementos pictóricos e com o corpo em movimento, em que a lembrança do vivido amplifica-se no questionamento reflexivo, interpelando para compreender as práticas de si na existência revelada
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