O ódio como um vetor de subjetivação
considerações teóricas sobre os discursos de ódio nas redes sociais digitais
DOI:
https://doi.org/10.5585/48.2024.24474Palabras clave:
discurso de ódio; redes sociais digitais; afeto; subjetividadeResumen
Novas tecnologias da comunicação como as mídias sociais digitais oferecem aos sujeitos as possibilidades múltiplas de ver a si mesmos nos outros internautas, em suas palavras, áudios, vídeos, memes compartilhados. Ao modo de um ensaio, vamos percorrer alguns autores que nos possibilitarão desenvolver reflexões no sentido de explorar a dimensão subjetiva dos discursos de ódio, produzidos e veiculados nas redes socais digitais. Neste manuscrito defenderemos a proposição de que o sujeito é um elemento central que converte e organiza o caos das significações que povoam a realidade. Enquanto não formos capazes de avançarmos em estratégias de comunicação mais eficientes, estruturando contradiscursos que não tomem todos os nossos interlocutores como subjetivamente inferiores, em um status moral degradado em relação a nossa suposta superioridade, fracassaremos em qualquer ação de seguirmos rumos a cenários em que se preservem não apenas a liberdade de expressão, mas a dignidade inerente ao outro.
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