Ensinando frações com jogos digitais organizados sob a teoria dos registros de representação semiótica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/42.2022.22220

Palavras-chave:

frações, jogos digitais, semiótica

Resumo

Este artigo apresenta a elaboração, aplicação e avaliação de uma sequência didática voltada ao ensino de frações, sob a luz da Teoria dos Registros de Representação Semiótica de Duval somada à Teoria histórico-cultural de Vygotsky. A elaboração desta atividade foi baseada no entendimento de que o aluno pode interpretar diferentes formas de representação de um mesmo número, e isso pode ser potencializado com a utilização de jogos digitais, tão difundidos atualmente. A sequência didática foi aplicada em uma turma de oitavo ano de uma escola indígena de ensino fundamental, cujos alunos tinham pouco contato com softwares. Os resultados apontaram que esta forma de organizar as atividades em sala de aula colaborou significativamente para o processo de aprendizagem de conteúdos relativos a frações, em especial o de parte-todo e suas equivalências. Também se observou que houve uma fácil assimilação dos recursos tecnológicos utilizados nessa atividade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Marco Antônio Sandini Trentin, Universidade de Passo Fundo – UPF

Mestre em Ensino de Ciências e Matemática

Leandro Boszko, Universidade de Passo Fundo – UPF

Doutor em Informática na Educação

Referências

AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.

BARROS, M.; VIZOLLI, I. Registros de representação semiótica presentes na solução de problemas envolvendo o significado parte-todo. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 12, n. 4, p. 1-24, 1 jul. 2021. https://doi.org/10.26843/rencima.v12n4a01

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, Governo Federal, 1998.

CASAGRANDE, E.; TRENTIN, M. A. S. Função polinomial do 2° grau: uma sequência didática apoiada nas tecnologias digitais e na robótica. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 11, n. 1, p. 131-153, 1 jan. 2020. https://doi.org/10.26843/rencima.v11i1.2265

DUVAL, R. Registros de representações semióticas e funcionamento cognitivo da compreensão em matemática In: MACHADO, Silvia Dias Alcântara (Org.). Aprendizagem em Matemática: registros de representação semiótica, 2003, p. 11-34.

DUVAL, R.; MORETTI, T. M. T. Registros de representação semiótica e funcionamento cognitivo do pensamento. Revista Eletrônica de Educação Matemática, Florianópolis, v. 7, n. 2, p. 266-297, 2012. https://doi.org/10.5007/1981-1322.2012v7n2p266

GRANDO, N. I. Interação social em aulas de Matemática. In: CONFERÊNCIA INTERAMERICANA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 5, 2015, México, Anais do XIV CIAEM. Tuxtla Gutiérrez, México: 2015, p. 1-11.

GRANJA, C. E.; PASTORE, J. L. Atividades experimentais de Matemática nos anos finais do Ensino Fundamental. São Paulo: Edições SM, 2012.

HUETE S. J. C.; BRAVO, J. A. F. O Ensino da Matemática: fundamentos teóricos e bases psicopedagógicas. Porto Alegre: Artmed, 2006.

LORENZATO, S. O Laboratório de Ensino de matemática na formação de professores. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.

MAGINA, S.; BEZERRA, F. B., SPINILLO, A. Como desenvolver a compreensão da criança sobre fração? Uma experiência de ensino. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 90, n. 225, p. 411-432, maio/ago, 2009. https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.90i225.517

MORETTI, M.; BRANDT, C.; Souza, R. S. Linguagem natural versus formal: diferenciação importante na construção de uma semiosfera de aprendizagem da Matemática. In: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO SUL, 11, 2016, Curitiba. Anais do XI ANPED SUL. Curitiba, 2016, p.1-13.

MEDEIROS, M. O.; SCHIMIGUEL, J. Uma abordagem para avaliação de jogos educativos: ênfase no ensino fundamental. Revista de Novas Tecnologias na Educação, Porto Alegre, v. 10, n. 3, p. 1-10, 2012. https://doi.org/10.22456/1679-1916.36378

MONZON, L. W. Números complexos e funções de variáveis complexas no Ensino Médio: uma proposta didática com uso de objeto de aprendizagem. 2012. 134 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Matemática) - Instituto de Matemática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

MORATORI, P. B. Por que utilizar jogos educativos no processo de ensino e aprendizagem?, 2003. 33 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Matemática) - Instituto de Matemática, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

NETO, R. Didática da Matemática. 4. ed. São Paulo: Ática, 1992.

NUNES, T.; BYANT, P. Crianças fazendo Matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

SANCHEZ, J. N. G. Dificuldades de aprendizagem e intervenção psicopedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2004.

SANTOS, C. A .B.; CURY, E. Os registros de representação semiótica como ferramenta didática no ensino da disciplina de Física. Revista Eletrônica de Educação Matemática. Florianópolis, v. 6 n. 1, 2011, p. 1-14, 2011. https://doi.org/10.5007/10.5007-1981-1322.2011v6n1p1

SOUZA, A. E. Torre de Hanói: o jogo como recurso metodológico nas aulas de Matemática. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 11, Curitiba. Anais do XI ENEM. Curitiba, 2013, p. 1-11.

TINOCO, L. A. A.; LOPES, M. L. Frações: dos resultados de pesquisa à prática em sala de aula. Educação Matemática em Revista – SBEM, Brasília, n. 2, p. 13-18, 1994.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Publicado

2022-09-02

Como Citar

TRENTIN, Marco Antônio Sandini; BOSZKO, Leandro. Ensinando frações com jogos digitais organizados sob a teoria dos registros de representação semiótica. Dialogia, [S. l.], n. 42, p. e22220, 2022. DOI: 10.5585/42.2022.22220. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/22220. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Secção

Artigos