Análise da produção acadêmica sobre a ludicidade na prática docente: a educação infantil como etapa emergente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/dialogia.N31.11454

Palavras-chave:

Educação infantil. Ludicidade. Prática docente. Estado da Arte

Resumo

Objetivamos analisar a produção acadêmica sobre a ludicidade na prática docente da educação básica (2013 a 2016), a fim de compreendermos de que modo a educação infantil é caracterizada, quais os fenômenos investigados e suas orientações epistemológicas. Inicialmente, analisamos 269 pesquisas, mapeadas na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (BDTD/CAPES), com os descritores “ludicidade”, “jogo”, “brinquedo” e “brincadeira”. Pesquisa bibliográfica do tipo Estado da Arte, com análise de conteúdo firmada na abordagem qualitativa. Evidenciamos que a educação infantil assume condição privilegiada na produção do conhecimento sobre a ludicidade na prática docente, de modo que “o brincar na prática docente da educação infantil” é o fenômeno hegemônico, orientado, em sua maioria, pela epistemologia crítico-dialética. Ademais, constatamos que há heterogeneidade nos fenômenos investigados noutra parcela das pesquisas e, em menor fração, destaca-se a mediação na prática docente da educação infantil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcio Antonio Raiol Santos, Universidade Federal do Pará

Doutor em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba. Professor Titular da Universidade Federal do Pará. Pará – PA – Brasil.
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-4723-1231

Humberto Pereira, Universidade Federal do Pará

Discente do Programa Pós-graduação em Currículo e Gestão da Escola Básica da Universidade Federal do Pará. Pará – PA – Brasil.
ORCID: http://orcid.org/0000-0001-6846-8775

Referências

ANDRÉ, Rita de Cássia Marinho de Oliveira. Creche: desafios e possibilidades. Uma proposta curricular para além do educar e cuidar. 2016. 185 f. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2016.

ANTUNES, D. A. O direito da brincadeira a criança. São Paulo: Summus, 2001.

ARAÚJO, Cláudio Márcio de; OLIVEIRA, Maria Cláudia Santos Lopes de; ROSSATO, Maristela. O sujeito na pesquisa qualitativa: desafios da investigação dos processos de desenvolvimento. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 33, p. 1-7. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ptp/v33/0102-3772-ptp-33-e33316.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2018.

AZEVEDO, Nair Correia Salgado de. Culturas lúdicas infantis na escola: entre a proibição e a criação. 2016. 266 f. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente, 2016.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Sobre a Fenomenologia. In: BICUDO, M. A. V.; ESPOSITO, V. H. C. (orgs.). Pesquisa qualitativa em educação: um enfoque fenomenológico. Piracicaba: UNIMEP, 1994, p. 15-22.

BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (org.). Pesquisa qualitativa segundo uma visão fenomenológica. São Paulo: Cortez, 2011, p. 29-40.

BORGES, Maria Célia; DALBÉRIO, Osvaldo. Aspectos metodológicos e filosóficos que orientam as pesquisas em educação. Revista Iberoamericana de Educación, n.º 43/5 – 25 de julho de 2007. Disponível em: <https://rieoei.org/RIE/article/view/2299>. Acesso em: 12 jan. 2019.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988, 305.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de junho de 1990.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.

BRITO, Ângela do Céu Ubaiara. Práticas de mediação de uma professora de educação infantil. 2013. 368 f. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. São Paulo, 2013.

CASTRO, Joselma Salazar de. A docência na educação infantil como ato pedagógico. 2016. 345 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Florianópolis, 2016.

CAMPOS, Daise Ondina de. Brincadeira e linguagem na educação infantil: uma relação apreendida a partir do fazer pedagógico do professor. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Florianópolis, 2015.

COELHO, Washigton Souza; BONATO, Giovanni. A mediação no contexto atual: um caminho para o diálogo transdisciplinar. Revista de Formas Consensuais de Solução de Conflitos. Salvador, v. 4, n. 1, p. 144–165, jan./jun. 2018. Disponível em: <http://indexlaw.org/index.php/revistasolucoesconflitos/article/view/4442/pdf>. Acesso em: 14 jan. 2019.

CRUVINEL. Bruna de Paula. O jogo e a formação de sujeitos protagonistas na educação infantil: uma proposta coletiva de trabalho. 2016. 215 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Educação. Uberlândia, 2016.

CUNHA, Sandra Mara da. Eu canto pra você: saberes musicais de professores da pequena infância. 2014. 168 f. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. São Paulo, 2014.

DEBORTOLI, José Alfredo Oliveira. Com olhos de crianças: a ludicidade como dimensão fundamental da construção da linguagem e da formação humana. Licere, Belo Horizonte, v. 2, n. 1, p. 1 05-17, 1999.

DEMÉTRIO, Rúbia Vanessa Vicente. A dimensão corporal na relação educativa com bebês: na perspectiva das professoras. 2016. 170 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Florianópolis, 2016.

FARIA, Mariana de Oliveira. A teoria histórico-cultural e a brincadeira: (re)pensando a educação infantil a partir dos autores contemporâneos. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, 2016.

FEITOSA, Maria Rosemary Melo. Educação matemática e arte na infância: uma utopia transdisciplinar possível. 2015. 183 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2015.

FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educação & Sociedade, São Paulo, ano 23, n. 79, p.257-272, ago. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v23n79/10857.pdf>. Acessado em: Acesso em: 20 Jan. 2019.

GATTI, Bernadetti. Graduação e pesquisa em educação no Brasil, 1978/1981. Cadernos de Pesquisa, n. 44, p. 3-17, fev, 1983. Disponível em: <http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index .php/cp/article/view/1474/1469>. Acesso: 02 jan. 2019.

GAMBOA, Silvio Sánchez. Epistemologia da pesquisa em educação. Campinas: Práxis, 1998.

LARANJEIRA, Raymundo. Estado da Arte do direito agrário no Brasil. Anais do XI Seminário Internacional do direito agrário. Associação Brasileira de direito agrário. Maranhão, 2003. Disponível em: <http://www.alcantara.pro.br/salaaula/2016-1-UNIGRAD-TCC-DireitoPublico/estadodaarte/Exemplo-de-artigos-juridicos/2003-laranjeira-estadoarte-direitoagrario.pdf>. Acesso em: 4 dez. 2018.

LOURO, Guacira Lopes. Mulheres na sala de aula. In: História das mulheres no Brasil / Mary Del Priore (org.); Carla Bassanezi (coord. de textos). 7. ed. – São Paulo : Contexto, 2004.

LUCKESI, Cipriano. Ludicidade e formação do educador. Revista Entreideias, Salvador, v. 3, n. 2, p. 13-23, jul./dez. 2014. Disponível em: https://rigs.ufba.br/index.php/entreideias /article/view File/9168/8976. Acesso: 22/02/2019.

LUEDKE, Ana Marieli dos Santos. A formação da criança e a Ciranda Infantil do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). 2013. 182 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2013.Florianópolis, 2013.

MARQUES, Anízia Araújo Nunes. A ludicidade e o simbolismo na infância: um estudo hermenêutico em uma biblioteca escolar do município de São Luís/MA. 2013. 194 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Maranhão, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa de Pós-Graduação em Educação. São Luís, 2013.

MARTINS, Marcelo Salvador. As relações de gênero entre crianças nas brincadeiras. 2014. 62 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Sul de Santa Catarina. Tubarão, 2014.

MASSA, Mônica de Souza. Ludicidade: da etimologia da palavra à complexidade do conceito. APRENDER – Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação – Ano IX, n. 15, p. 111-130, 2015. Disponível em: http://periodicos.uesb.br/index.php/aprender/article/viewFile /5485/pdf_39. Acesso: 22/02/2019.

MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2001.

OLIVEIRA, Rogério Massaroto de. Dimensões lúdicas e marxismo: aproximações iniciais. In: Abordagens socioculturais em educação física / Larissa Michelle Lara (organizadora); prefácio Valter Bracht. - Maringá : Eduem, 2010.

PIMENTEL, A. Vygotsky: uma abordagem histórico-cultural da educação infantil. In: Pedagogia (s) da infância: dialogando com o passado, construindo o futuro / Júlia Oliveira-Formosinho; Tizuko Morchida KISHIMOTO; Mônica Appezzato Pinazza (Organizadoras). Porto Alegre: Artmed, 2007.

PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e serviço social. 7. ed. Rio de Janeiro: Cortez, 2010.

REVIÈRE, Angel. La psicologia de Vygotski: sobre la larga proyección de uma corta biografia. Revista Infancia y Aprendizaje, 1984, 27/28, 7-86. Madrid: Aprendizaje Visor, 1985. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2019.

ROCHA, Eloisa Acires Candau. A pesquisa em educação infantil no Brasil: trajetória recente e perspectivas de consolidação de uma pedagogia. 1998. 290 f. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. Campinas, 1998.

ROMANOWSKI, Joana Paulin; ENS, Romilda Teodora. As pesquisas denominadas do tipo “Estado da Arte” em Educação. Diálogo Educ., Curitiba, v. 6, n.19, p.37-50, set./dez. 2006. Disponível em: <https://docente.ifrn.edu.br/albinonunes/disciplinas/pesquisa-em-ensino-pos.0242-posensino/romanowski-j.-p.-ens-r.-t.-as-pesquisas-denominadas-do-tipo-201cestado -da-arte201d.-dialogos-educacionais-v.-6-n.-6-p.-37201350-2006>. Acesso em: 4 dez. 2018.

SANTIN, Silvino. Educação física: da alegria do lúdico a opressão do rendimento. Porto Alegre: EST Edições, 2001.

SANTOS, Cássia Cristina Barreto. O brincar nas produções do conhecimento da creche UFF. 2013. 104 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Educação. Rio de Janeiro, 2013.

SILVA, A. M.; MOREIRA, M. A. Falar e escrever de formação e mediação no contexto atual. In: ______ (orgs.). Formação e mediação sócio-educativa: perspectivas teóricas e práticas. Porto: Areal Editores, 2009.

SOUZA, Letícia Rodrigues de. O brinquedo na educação infantil: algumas reflexões do uso do brinquedo à luz da sociedade disciplinar foucaultiana. 2014. 137 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro. Rio Claro, 2014.

SOUZA, Natálya Camargo de. Rotinas e Mediações na pré-escola. 2013. 156 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente, 2013.

TOMÁS, Catarina; FERNANDES, Natália (orgs.). Brincar, brinquedos e brincadeiras: modos de ser criança nos países de língua oficial portuguesa. Maringá: EDUEM, 2014. Disponível em: . Acesso em: 19 dez. 2018.

VIEIRA, Izabel Carvalho da Silva. As práticas de professoras de Berçário no contexto da proposta pedagógica de uma creche municipal do interior de São Paulo: a interação e a brincadeira em destaque. 2016. 140 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente, 2016.

VOLPATO, Gildo. Jogo, brincadeira e brinquedo: usos e significados no contexto escolar e familiar. Florianópolis: Cidade futura, 2002.

Downloads

Publicado

30.04.2019

Como Citar

SANTOS, Marcio Antonio Raiol; PEREIRA, Humberto. Análise da produção acadêmica sobre a ludicidade na prática docente: a educação infantil como etapa emergente. Dialogia, [S. l.], n. 31, p. 45–56, 2019. DOI: 10.5585/dialogia.N31.11454. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/11454. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático: Educação Infantil, Formação de Professores, Práticas Pedagógicas e Políticas Públicas