Pedagogia do oprimido, o manuscrito: do contexto histórico às tramas da obra
DOI:
https://doi.org/10.5585/39.2021.20738Palavras-chave:
manuscrito, pedagogia do oprimido, dialogicidade, Paulo FreireResumo
Este artigo, excerto da tese de doutoramento de uma das autoras, propõe-se a discutir o princípio da dialogicidade enquanto vetor de pensamento freiriano a partir da contextualização histórica da publicação fac-similada do manuscrito da Pedagogia do Oprimido. Recupera-se o contexto histórico em que a obra foi gestada no Chile, entre 1967 e 1968, descrevendo o itinerário percorrido até a primeira publicação em 2013. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de natureza teórico-analítica fundamentada em aportes oriundos prioritariamente da análise do discurso e da crítica genética. Verificou-se, no manuscrito, o embrião matricial do que se poderia denominar Pedagogia do diálogo educomunicativo, urdida com o oprimido e não para o oprimido. Conclui-se que o manuscrito abre novas possibilidades para o leitor do século XXI, tanto para a apropriação de novos sentidos para a obra quanto para sua validação histórica.
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