Paulo Freire e a formação docente: diálogos com a antropofagia e a carnavalização na sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/42.2022.22850

Palavras-chave:

antropofagia cultural, carnavalização, docência, Paulo Freire

Resumo

O artigo busca um diálogo entre os pressupostos freirianos sobre a docência presentes, sobretudo, em Pedagogia do oprimido, Pedagogia da autonomia e Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar, o conceito de antropofagia cultural – inspirado na antropofagia Oswaldiana – e a categoria conceitual de Mikhail Bakhtin sobre a carnavalização. Foram investigados, por meio de uma leitura crítica advinda de uma pesquisa bibliográfica, os desafios e as perspectivas na docência da área de Letras em cotejo com os autores escolhidos.  Os resultados dessa interlocução apontam que o professor - sujeito cognoscente e pesquisador da sua prática - poderá assumir nessa perspectiva uma posição ativa e responsiva diante das situações concretas que emergem do contexto em que atua, ao subverter algumas práticas recorrentes nas aulas de Literatura, ainda marcadas por concepções bancárias da educação. Desse modo, o presente trabalho pretende constituir-se como apoio teórico-metodológico para subsidiar processos formativos na área de Letras.

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Biografia do Autor

Letícia Queiroz de Carvalho, Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes Vitória

Doutora em Educação

Tatyana Rodrigues Barcelos, Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes Cariacica

Mestre em Ensino de Humanidades

 

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Publicado

18.11.2022

Como Citar

DE CARVALHO, Letícia Queiroz; BARCELOS, Tatyana Rodrigues. Paulo Freire e a formação docente: diálogos com a antropofagia e a carnavalização na sala de aula. Dialogia, [S. l.], n. 42, p. e22850, 2022. DOI: 10.5585/42.2022.22850. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/22850. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê n. 42 “Paulo Freire e seu legado para a educação de crianças, jovens e adultos”