Trabalho docente: a transposição didática, como fazê-la?

Autores

  • Márcia Donizete Leite Oliveira Uninove

DOI:

https://doi.org/10.5585/dialogia.N20.4924

Palavras-chave:

Trabalho docente, transposição didática, trabalho realizado, trabalho real.

Resumo

Resumo: Este artigo objetiva investigar como é realizado o processo de “transposição didática” de um conteúdo programático de língua portuguesa, mais especificamente, conceitos ligados à análise textual discursiva, realizado por um professor de ensino superior. Nosso propósito é levantar possíveis modificações e procedimentos na prática docente diária que podem mudar ou reformular o “savoir enseigné” (saber ensinado). Neste estudo de abordagem qualitativa, utilizaremos os aportes teórico-metodológicos do Interacionismo Sociodiscursivo – ISD (BRONCKART, 1993; BRONCKART & PLAZAOLLA, 1998; MACHADO, 1999; MACHADO & CRISTOVÃO, 2006) para as questões ligadas ao trabalho docente; (CLOT, 2006; 2010) para as questões voltadas ao “trabalho real do professor” e para as questões voltadas à transposição didática (CHEVALLARD, 1985/1991, 1988; BROUSSEAU, 1986). Os resultados mostram que o processo de transposição didática realizado pelo professor pode ser dividido em três etapas, envolvendo um conjunto de transformações compatíveis e variadas como a contextualização e a intertextualidade. Essa transposição se realizada de forma efetiva pelo professor pode auxiliá-lo em sua prática docente e, se apropriada pelos alunos pode levá-los ao desenvolvimento de suas competências leitora e escrita.

 


 

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Biografia do Autor

Márcia Donizete Leite Oliveira, Uninove

Márcia Donizete Leite, atua como professora de Ensino Superior na Universidade Nove de Julho UNINOVE (Diretoria de Ciências Gerencias), desde março/ 2011, ministrando as disciplinas de: Leitura e Produção Textual (LPT), Interpretação e Elaboração Textual (IET), Comunicação Empresarial e Inglês Instrumental (EAD). Atuou como professora de Língua Portuguesa e Inglesa (Ensino Fundamental e Médio) na Rede Pública Estadual de São Paulo de 1991 a 2013. É Mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem - PUC-SP (2009), tendo cursado o último semestre de Doutorado na mesma área (2013). Desenvolve pesquisa juntamente com o Grupo ALTER- LAEL - (PUC/ USP-SP) na Linha de Linguagem e Trabalho, fundado pela Profª Dra. Anna Rachel Machado e com o Groupe LAF (Langage - Action - Formation), coordenado pelo Profº Dr. Jean-Paul Bronckart, Genebra - Suíça. Estes grupos se inserem no quadro de um projeto de pesquisa mais amplo, interacionismo sociodiscursivo - ISD, que tem como objetivo geral investigar a problemática do agir humano, tendo como foco principal a linguagem, visto que as representações nela construídas têm papel fundamental tanto no desenvolvimento do agir humano quanto em relação às capacidades do agir (Bronckart, 2006). O Grupo ALTER-LAEL mantém acordo institucional internacional com a Clínica da Atividade dirigida pelo pesquisador Yves Clot, em Paris - França (vertente francesa da Ergonomia do Trabalho e da Ergonomia da Atividade), em que busca suporte teórico metodológico, para investigação do Trabalho Docente. (Texto informado pelo autor)

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Publicado

15.10.2014

Como Citar

OLIVEIRA, Márcia Donizete Leite. Trabalho docente: a transposição didática, como fazê-la?. Dialogia, [S. l.], n. 20, p. 167–190, 2014. DOI: 10.5585/dialogia.N20.4924. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/4924. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos