Licenciatura em Educação do Campo: espaço de garantir direito humano e social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/dialogia.n35.16901

Palavras-chave:

Inclusão, Exclusão, Direito.

Resumo

As políticas educacionais são formuladas pelo Ministério de Educação e, uma vez criadas, tornam-se um compromisso social para as instâncias responsáveis. Nosso estudo aponta o papel da universidade ao implantar um curso de licenciatura em Educação do Campo, cuja responsabilidade é incluir os sujeitos do campo e garantir a sua permanência nesse espaço. Para tanto, indaga-se: Ao garantir o ingresso dos acadêmicos na universidade, há a garantia de permanência? O discurso da inclusão é questionado no seio da universidade? Como a universidade tem garantido essas políticas de inclusão? Nesse sentido, nosso estudo tem base na defesa da Educação do Campo como direito humano e social. Considera-se que a universidade cumpre o seu papel na inclusão desses sujeitos, mas não garante a sua permanência nesse espaço, portanto assegura-se o direito, com o discurso da inclusão, mas a ação é segregadora e excludente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Celia Beatriz Piatti, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Graduada em Pedagogia - Licenciatura Plena - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ituverava, com especialização em Administração Escolar e Orientação Educacional. Mestre em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco (2006) e Doutora em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2013). Coordenadora do grupo de estudos e pesquisa em formação de professores (GEPFORP). Professora da UFMS, lotada na Faed (Faculdade de Educação) atuando como docente no curso de Licenciatura em Educação do Campo-LeduCampo, do curso de Pedagogia e no Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Atualmente é coordenadora da linha de pesquisa - Processos formativos, práticas educativas, diferenças. É membro do Comitê Interno de Iniciação Científica da UFMS/PIBIC/PIBIC-AF/CNPq. Tem experiência na área de educação, atuando em ensino, pesquisa e extensão com os seguintes temas: Educação do Campo; Formação de professores e práticas educativas.

Referências

ARROYO, M. G. A Educação Básica e o movimento do social do campo. In: ARROYO, M. G; CALDART, R. S; MOLINA, C. M. (org.) Por uma Educação do Campo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

ARROYO, M. G. Prefácio. Educação do Campo: propostas e práticas pedagógicas do MST. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

ANTUNES-ROCHA, M. I; MARTINS, M. de. F. A; MARTINS, A. A. (Org.). Territórios Educativos do Campo: escola, comunidade e movimentos sociais. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012. (Coleção Caminhos da Educação do Campo).

CALDART, R. S. Por uma educação no campo: traços de uma identidade em construção. In: KOLLING, E. J; CERIOLI, P. R; CALDART, R. S. (Org.). Educação do Campo: identidade e Políticas, Brasília, DF: articulação nacional por uma educação do campo, v.4, 2002.

CALDART, R. S. (Org.). Caminhos para a transformação da escola: reflexões desde práticas da licenciatura em educação do campo. Expressão popular, 2011.

CALDART, R. S. A escola do campo em movimento. In: ARROYO, M. G; CALDART, R. S; MOLINA, M. C. (Org.).Por uma Educação do Campo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

CORREA, D. M. das N; BATISTA, M. do S. X .Alternância no Ensino Superior; o campo e a universidade como territórios de formação de educadores do campo. In: ANTUNES-ROCHA, M. I; MARTINS, M. de. F. A; MARTINS, A. A. Tempo Escola e Tempo Comunidade: Territórios Educativos do Campo: escola, comunidade e movimentos sociais. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012. (Coleção Caminhos da Educação do Campo).

FERNANDES, M. B. Diretrizes de uma caminhada. In: CALDART, R. S. (Org). Por uma educação do Campo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

FERNANDES, B. M; CERIOLI, P. R; CALDART, R. S. “Primeira Conferência Nacional ‘Por uma educação básica do campo’: texto preparatório”. In: ARROYO, M. G; CALDART, R. S; MOLINA, M. C. Por uma educação do campo. Petrópolis: Vozes, 2009.

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL. LEDUCAMPO. Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Educação do Campo. Campo Grande, 2014.

LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. São Paulo: Centauro, 2004.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Operacionais para a educação básica nas escolas do campo. Brasília, 2002.

MOLINA, C. M.Possibilidades e limites de transformações da escola do campo: reflexões suscitadas pela Licenciatura do Campo- UFMG.In:ANTUNES-ROCHA, M.I,MARTINS, A. A.(org.) Educação do Campo:desafios para a formação de professores.Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

MOLINA, C. M. Cultivando princípios, conceitos e práticas. Presença Pedagógica, Belo Horizonte, v.15, n. 88, p. 30-36, jul./ago. 2009.

NETO, A.J de M. Formação de professores para a Educação do Campo: projetos sociais em disputa. In: ANTUNES-ROCHA, M. I, MARTINS, A. A. (org.) Educação do Campo: desafios para a formação de professores, Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

PIRES, A. M. Educação do campo como direito humano. São Paulo: Cortez, 2012. (Coleção e Educação de Direitos Humanos v. 4).Editora, 2012.

SACRISTÁN, G. J. A educação obrigatória: seu sentido educativo e social; tradução: Jussara Rodrigues. Porto Alegre: ARTMED editora Ltda, 2001.

SOUZA, M. A. Educação do campo, desigualdades sociais e educacionais. Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 120, p. 745-763, jul.-set. 2012. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em jan. de 2020.

SCHUCHTER, T. M; CARVALHO, J. M. Políticas de inclusão: Avanços no campo da educação ou armadilhas do discurso neoliberal? Revista Teias, v. 18, n. 48, Jan/Mar. 2017. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/. Acesso em jan. de 2020.

Downloads

Publicado

28.08.2020

Como Citar

PIATTI, Celia Beatriz. Licenciatura em Educação do Campo: espaço de garantir direito humano e social. Dialogia, [S. l.], n. 35, p. 182–199, 2020. DOI: 10.5585/dialogia.n35.16901. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/16901. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Educação como Direito Humano e Social