As cruzadas antigênero, antifeminismo, resistências e a disputa pela educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/41.2022.22300

Palavras-chave:

antigênero, educação, antifeminismo

Resumo

Considerando o contexto de disputa política e o enfrentamento às temáticas LGBT no campo educacional, esta pesquisa propõe-se a realizar uma análise da cruzada antigênero na educação. A partir de uma teorização pós-estruturalista, ancorada principalmente em Michel Foucault e Judith Butler, argumenta-se que, desenvolveu-se no Brasil, um movimento neoconservador que se apoia em um discurso antifeminista para retirar as discussões sobre as relações de gênero das escolas. Assim, conclui-se que realizar uma análise desses discursos neoconvervadores é de extrema importância para os estudos de gênero, uma vez que essas narrativas alimentadas por um “pânico moral”, têm dado suporte a projetos de leis como o homeschooling e a militarização das escolas públicas.

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Biografia do Autor

Dayana Brunetto Carlin dos Santos, Universidade Federal do Paraná, UFPR

Doutora em Educação

Karina Veiga Mottin, Universidade Federal do Paraná, UFPR

Mestra em Educação

Amanda da Silva, Universidade Federal do Paraná, UFPR

Doutora em Educação

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Publicado

11.07.2022

Como Citar

DOS SANTOS, Dayana Brunetto Carlin; MOTTIN, Karina Veiga; DA SILVA, Amanda. As cruzadas antigênero, antifeminismo, resistências e a disputa pela educação. Dialogia, [S. l.], n. 41, p. e22300, 2022. DOI: 10.5585/41.2022.22300. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/22300. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê n. 41 “Gênero e sexualidade na Educação Escolar”