Alfabetização de pessoas jovens e adultas e a vocação ontológica para o ser mais: o que nos diz o pensamento de Paulo Freire

Resumo

Trata-se de um estudo bibliográfico que caminha por uma abordagem de natureza qualitativa em que refletimos acerca da vocação ontológica para o “ser mais”, defendida por Paulo Freire. Para tanto, percorremos a perspectiva pedagógica de alfabetização para pessoas jovens e adultas, afirmando que essa premissa permite que os sujeitos sejam (re)criadores e que se (re)façam como seres de autonomia. O trabalho ancora-se à luz do pensamento de Freire (1979, 2009), Ana Freire (2014) e Hanh (2021). Entendemos que o decurso da alfabetização, afinado com o estatuto ontológico, propicia aos educandos/as condições que lhes oportunizarão reconhecerem-se como sujeitos e, assim, desvelarem a consciência no sentido de iniciarem o rompimento com as forças opressoras que concorrem para que não sejam “seres mais”. No entanto, para que esse ciclo se complete e a proposta se concretize como libertadora, é necessário que educandos/as e educadores/as alcancem a conscientização e a humanização, compreendendo, que o/a opressor/a também não é livre.